Análise à Reunião do BCE de 17 de outubro de 2024


Como esperado, na semana passada o BCE anunciou que tinha reduzido as taxas em 25 pontos base (bps), deixando a deposit facility rate em 3,25%. A decisão foi tomada com base no facto de os dados económicos recentes mostrarem que a inflação está a convergir para a meta, e que as pressões inflacionárias, particularmente no mercado de trabalho, estão a diminuir, consequência de um crescimento mais fraco (do que o esperado).

Quando questionada sobre se foi discutido um corte de 50bps, dado o fraco panorama económico e sua consequência na inflação, Lagarde descartou essa ideia e garantiu que a decisão de outubro foi unânime.

Espera-se que a inflação aumente até ao final do ano devido ao efeito base das quedas acentuadas nos preços da energia no ano passado, e depois continue a diminuir, atingindo a meta "ao longo do próximo ano". Lagarde garantiu que as taxas ainda são restritivas e que os salários continuam a subir a um ritmo elevado, mas que as forças do mercado de trabalho que impulsionam as pressões inflacionárias estão a enfraquecer. No entanto, Lagarde considerou que o mercado de trabalho ainda está "resiliente".

O Conselho de Governadores considera que o crescimento económico tem sido particularmente fraco, tanto nos setores de manufatura como de serviços. O consumo está a diminuir e as poupanças estão a aumentar. Mesmo assim, Lagarde reiterou que o cenário base do banco central ainda é uma soft landing, garantindo que, com as informações disponíveis atualmente, não é previsto que a região entre em recessão. Ainda sobre esse tema, a Presidente do BCE acrescentou que se espera que a economia da região recupere à medida que a procura externa recupere.

O banco central não forneceu qualquer orientação sobre as futuras decisões do BCE e repetiu que as decisões futuras continuarão a depender dos dados económicos e que serão tomadas numa abordagem de meeting-by-meeting.

Muito provavelmente com base na expectativa de que um crescimento mais fraco do que o antecipado possa resultar numa inflação abaixo da meta dos 2%, o que levará o BCE a ter de cortar as taxas mais rapidamente do que o esperado. Após a reunião, os mercados começaram a prever mais de um corte de taxa até ao final do ano, o que, com apenas uma reunião restante, implicaria um corte considerável de 50bps até dezembro.

 

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