Desafios Económicos e Geopolíticos: O Que Esperar de 2025


Em 2025, as três maiores economias do mundo, a Europa, a China e os Estados Unidos, enfrentam um cenário complexo de riscos geopolíticos e económicos. Fique a conhecer os desafios para este ano:     

Zona Euro

Em 2025, a região enfrentará um cenário desafiador, marcado por fracas perspetivas de crescimento interno e ameaças externas significativas. Os indicadores económicos revelam um tecido empresarial vulnerável, especialmente no setor industrial, que não conseguiu recuperar plenamente desde a pandemia. A incerteza económica, aliada a um aumento dos gastos com a defesa para cumprir as metas da NATO, deverá exercer uma pressão adicional sobre os orçamentos governamentais da zona euro, num contexto de crescente instabilidade política que se apresenta como uma nova constante na região.

As tensões geopolíticas continuam a colocar desafios substanciais ao bloco, enquanto as tarifas propostas por Trump poderão introduzir um novo conjunto de obstáculos para a recuperação económica esperada. Em termos de política monetária, antecipa-se que o BCE prossiga com cortes nas taxas de juro ao longo do ano, acompanhando a trajetória da inflação em direção à meta estabelecida.

França - O governo recém-formado, liderado por François Bayrou, enfrenta o desafio de consolidar apoio parlamentar antes da apresentação do orçamento para 2025. Contudo, a fragmentação parlamentar mantém elevado o risco de eleições na segunda metade do ano.

Alemanha - O país realizará eleições antecipadas em fevereiro, na sequência da perda do voto de confiança pelo chanceler Olaf Scholz. As sondagens mais recentes sugerem a formação de um governo centrista liderado por Friedrich Merz (CDU/CSU), mas a fragmentação parlamentar e o crescimento da extrema-direita continuam a ser fatores de risco para a maior economia da região.


 
 

China 

O crescimento moderado, o risco de deflação e a possível imposição de tarifas sobre as exportações para os Estados Unidos, que podem atingir até 60%, representam desafios substanciais para a segunda maior economia mundial. Em resposta, o Banco Central da China (PBOC) adotou, em setembro de 2024, um conjunto de medidas de estímulo, incluindo uma redução de 50 pontos base nas taxas de reserva obrigatória, um corte de 20 pontos base na taxa de recompra reversa de 7 dias e outras ações. Embora essas medidas tenham inicialmente gerado uma reação positiva nos mercados, o otimismo arrefeceu à medida que as expectativas de novos estímulos governamentais não foram concretizadas.

Apesar disso, o governo mantém a implementação de incentivos, como aumentos salariais para funcionários públicos e subsídios destinados à substituição de equipamentos de consumo. Adicionalmente, é possível que o governo opte por desvalorizar o yuan como estratégia para mitigar os efeitos das tarifas e assegurar a competitividade das suas exportações.

EUA

Para a economia norte-americana, o principal risco está associado à incerteza gerada pela nova administração. A posse de Trump, agendada para o final de janeiro, levanta questões significativas, pois, apesar das inúmeras declarações feitas pelo ex e futuro Presidente, o impacto concreto das suas medidas permanece incerto. No entanto, os mercados financeiros e o Federal Reserve (Fed) já antecipam que tais medidas, incluindo a implementação de tarifas, terão um efeito inflacionário.

Este cenário, combinado com uma economia que, embora revele alguma fragilidade no setor industrial, continua em expansão, suportada por um consumo privado robusto e por um mercado laboral resiliente, aponta para uma política monetária mais restritiva e prolongada por parte do Fed. Assim, a questão central para 2025 continuará a ser a mesma que dominou 2024: será que o Fed conseguirá alcançar um "soft landing"?


------

Esta comunicação foi produzida pelo Banco Finantia com fins meramente informativos, não sendo uma recomendação de investimento. Na elaboração da comunicação não foram considerados objetivos de investimento, situações financeiras ou necessidades específicas dos investidores. Deste modo, não houve qualquer adequação da informação a qualquer investidor efetivo ou potencial, nem foram consideradas quaisquer circunstâncias específicas relativamente aos referidos investidores.

As informações divulgadas têm por base as condições de mercado existentes à data, assim como informações recolhidas junto de entidades terceiras reconhecidas, sendo estas fontes de carácter público, não tendo o Banco Finantia procedido à verificação autónoma dos dados e das informações prestadas por essas entidades. Tendo o destinatário da presente comunicação conhecimento desta situação não poderá responsabilizar o Banco Finantia em qualquer circunstância, por erros, omissões ou inexatidões da informação constante deste documento ou que resultem do uso dado a essa informação. O Banco Finantia não assume qualquer responsabilidade pelos danos ou prejuízos, diretos ou indiretos, que possam vir a sofrer aqueles que realizem operações com base na informação disponibilizada.

A política de investimento do Banco Finantia, quer atuando por conta própria, quer atuando por conta dos seus clientes, é totalmente independente do conteúdo da comunicação enviada. O Grupo Banco Finantia pode ter posições ou negociar os valores mobiliários ou instrumentos financeiros a que se refere, antes ou depois da presente comunicação, bem como pode prestar ou ser candidato à prestação de serviços bancários aos emitentes dos referidos valores mobiliários ou instrumentos financeiros.

A autoridade de supervisão competente do Banco Finantia é a CMVM, estando registado na mesma com o número 109.

Investir no futuro

Somos um banco global e independente.
Temos a solução ideal para quem procura poupar e investir.

Fale connosco